(Publicado em Habitar Portugal 2006/2008, Caleidoscópio, Lisboa, 2009)
As coisas estão a mudar. Muitos podem nem sequer se aperceber disso, mas como cantava Dylan, things are a’changin.’ A arquitectura portuguesa está a sofrer uma transformação de paradigma relativamente ao que foi a sua produção e recepção crítica durante o último quarto de século.
Os apreciadores da “escola portoguesa” – o termo cínico que Manuel Mendes inventou no princípio dos anos 90 – estão ainda inteiramente confortáveis nas suas posições de defesa de um reduto formal e ideológico que, bem entendido, identifica o todo da produção arquitectónica portuguesa a uma tendenza profundamente influenciada pela consolidação da Escola do Porto em torno da figura de Álvaro Siza Vieira.
As gerações mais novas e mais desalinhadas (a)parecem, por vezes, apenas preocupadas em denotar o desconforto pessoal de um colete de forças que resulta da “institucionalização” –crítica, académica e mediática– dessa tendenza, revelando-se elas próprias cegas aos sinais de mudança.
E, quer uns, quer outros, parecem esquecer-se que as coisas vão mudando. Pode ser um fenómeno lento, mas a passagem do tempo é inevitável. E mesmo numa atmosfera conservadora, desprovida de “massa crítica,” mudam-se os tempos e mudam-se as vontades. Em jeito de filosofia de algibeira – glosando Siza Vieira – pode dizer-se que tudo é apenas uma questão de paciência.
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Todas as “arquitecturas regionais” que hoje usufruem de algum reconhecimento internacional mostram um e apenas um denominador comum. Que uniu recentemente a arquitectura espanhola, holandesa, suíça, portuguesa, mexicana ou japonesa? E que fez com que estas arquitecturas se destacassem da de países vizinhos como a Polónia, a Bélgica, o Luxemburgo, a Noruega, a Argentina ou a Tailândia?
Think about it.
Uma vez comprovado que a “resistência” do regionalismo crítico erodiu de vez, deve existir uma razão mais profunda para criar uma distinção entre produções que, geograficamente, só poderiam ser próximas nas suas verdades e consequências.
Já adivinharam?
Em cada um destes países, emergiram personagens, actores arquitectónicos, que, um pouco mais cedo, (como Luís Barragan, prémio Pritzker em 1980), ou um pouco mais tarde (como Rem Koolhaas ou Herzog & de Meuron, prémios Pritzker de 2000 e 2001), geraram uma influência avassaladora sobre os meios em que ganharam proeminência.
Em muitos casos, não devemos desvalorizar o facto de que a emergência destes e doutros personagens –sempre marcantes para uma viragem do Movimento Moderno em direcção à situação da produção arquitectónica actual– tem as suas razões num contexto histórico particularmente rico, como terá sido o caso da arquitectura espanhola ou holandesa e como, muito antes, foi o caso da arquitectura americana.
Porém, não é isso que aqui nos interessa, tal como apenas marginalmente é relevante que estes personagens estejam na origem da starchitecture do tempo presente. O starsystem altamente personalizado e desterritorializado que hoje regula o campo arquitectónico internacional –também sujeito ao princípio de que os tempos… they are a-changin’– pode ter algo a ver com os argumentos que aqui se esgrimem, mas apenas no sentido em que esses personagens geram um tipo de influência que marca duravelmente produções arquitectónicas vistas como referenciais, quer a nível regional, quer internacional.
Como a presença de um vulcão no horizonte próximo, a influência destes personagens produz um território particularmente fértil e, no entanto, perante a eminência permanente da devastação, gera também um estado quase permanente de ansiedade.
Em última instância, a propósito das várias leituras que 80 obras de arquitectura portuguesa aqui suscitam, interessa, assim, fazer um breve estudo da ansiedade que rodeia os personagens considerados incontornáveis. Afinal, como outras, a arquitectura portuguesa contemporânea vive ainda hoje, simultaneamente inebriada e deprimida, debaixo do vulcão.
Como, também nisso, a arquitectura portuguesa é igual às “outras,” talvez as ilações que aqui se possam retirar sejam, assim, mais gerais do que aquilo que à partida se poderia imaginar.
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Malcolm Lowry escreveu “Debaixo do Vulcão” há precisamente 62 anos. Por meu lado, devo ter lido o livro – por muitos colocado entre os 20 maiores romances do século XX – há bem mais de 20 anos.
Não fui buscar o título da história porque me lembrasse especialmente das desventuras do cônsul britânico à sombra de dois vulcões perdidos numa paisagens remota do México. Ocorreu-me essa expressão de “debaixo do vulcão” porque ela permaneceu em mim associada à evocação metafórica do combate a uma espera permanente, à ideia de uma sobrevivência sob a alçada de algo que está sempre prestes a acontecer e nunca sucede realmente.
A ansiedade lenta que, na narrativa de Lowry, é gerada pelo vulcão tornou-se, para mim, no sinónimo da luta perdida contra o tédio.
E não é que o vulcão, em si mesmo, tivesse alguma culpa do estádio de suspensão alcoólica vivido pelo cônsul britânico a cada dia que passa. A presença constante do vulcão – a sua eminência em permanência – acaba simplesmente por se transformar no fetiche no qual o cônsul concentra a razão imaginária de uma frustração mais vasta e inominável.
A presença do vulcão imobiliza quem por ela se deixa hipnotizar. E é por isso que Lowry começa o seu romance com uma citação de Goethe que só aparentemente é enigmática: Aquele que incessantemente luta pela sua ascensão… a esse podemos nós salvar.
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A obra de Álvaro Siza Vieira está para a arquitectura portuguesa como os vulcões de Lowry estão para o seu personagem do cônsul embriagado.
Nos momentos mais exultantes, ambos são a fonte do encanto e de uma reverência quase temerosa. Envoltos em superstição, tornam-se na referência do quotidiano. Surge um culto à sua volta. Mesmo nos momentos mais perdidos ou desvairados, continuam a assombrar-nos como o único ponto de orientação que permanece estável numa paisagem em permanente mudança.
E, assim, o vulcão imobilizou tudo e todos à sua volta. Não porque o desejasse, mas porque esse era o seu destino. Houve certamente quem procurasse escapar ao seu sortilégio, mas a força serena do destino foi sempre demasiado possante. Houve tentativas de olhar noutra direcção, houve até ensaios de rejeição, mas todos, sem excepção, regressaram ao seu amplexo inevitável.
E, assim, como o cônsul embriagado, a “arquitectura portoguesa” vai-se arrastando pelo seu destino, condenada a uma ascensão tortuosa que mais parece uma lenta degradação – uma arquitectura “sob o efeito” e uma arquitectura presa ao feitiço do seu próprio vulcão.
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Harold Bloom, um dos mais importantes críticos literário do século passado, usou a noção de influência para descrever os avanços e as dinâmicas do campo literário at large.
Como os portugueses bem sabem – nem que seja de ouvir falar – o campo literário é o primeiro a deter um sistema de estrelato verdadeiramente internacional. Antes dos futebolistas e dos arquitectos, foi nesse mapa ancestral que os portugueses primeiro entraram, com Camões, e depois, de modo mais relevante e recente, com Pessoa, Saramago e até Lobo Antunes.
Tal como o Pritzker é um eco do Nobel, também a obra construída “lá fora” evoca a obra traduzida “lá fora”. E estas não são apenas formas de “consagração externa.” O que é facto é que o mundo se passa “lá fora.” Isto é, o mundo passa-se em todo o lado. Como demonstra o universo literário, a influência só é verdadeiramente relevante se for transversal.
Porém, o que Boom se dedicou a explicar em obras como The Anxiety of Influence foi que campos artísticos como os aqui referidos se pautam e orientam, precisamente, pela circulação e reprodução – ou, por outro lado, pela superação – da “influência” dos grandes autores.
É por isso que a influência, como os vulcões, gera ansiedade. Se eu quero ser um autor num dado campo, tenho que me posicionar perante a autoridade e a influência dos autores desse campo. Segundo Bloom, desde o classicismo que os poetas têm, assim, que encetar um verdadeiro combate para se libertarem da influência daqueles que os precedem.
Por isso, a gestão da influência –e da ansiedade que dela deriva– é também decisiva para a evolução do campo, tal como Pierre Bourdieu também viria a enquadrar.
É isto que explica, por exemplo, que em Portugal –porventura por uma intuição inconsciente destes mecanismos, mas também por um desejo evidente de se afirmar enquanto autor– Souto de Moura se posicione inicialmente contra Siza Vieira e uma certa ideia de “desenho.” Mas é também por causa disto que Souto Moura, confrontado com a consequência da sua própria influência sobre o meio, finalmente atira a toalha e se devolve, também ele, ao colo aconchegador de Siza.
É uma história que tem a sua piada. Que, porém, isto aconteça para gáudio, típico e bem aodespropósito, do meio arquitectónico português, só revela como a ansiedade da influência ainda está longe de estar ultrapassada, se sequer alguma vez foi analisada e compreendida.
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A dado momento, lembrei-me de “O Náufrago.” Lembrei-me da perversidade magnífica que foi ler a obra negra de Thomas Bernhardt nos primeiros anos de aprendizagem do métier arquitectura. Não me lembro precisamente se foi uma sugestão dos professores ou dos tempos que então se viviam. Se, porém, de deu a primeira hipótese, qual era a mensagem que se pretendia transmitir? Quereriam dizer-nos que, perante a proximidade de uma figura genial nas nossas vidas, as únicas possibilidades que nos restam são o suicídio, a mudança de ramo, ou o abandono de qualquer tentativa de superar a esfera de influência da mesma?
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Embora haja quem assevere que se trata de uma ficção ofensiva, diz-se também, à boca pequena, que os sintomas da ansiedade da influência foram primeiro registados num rascunho de tese de um discípulo obscuro do Dr. Bloom.
Sabe-se, igualmente, que o personagem naufragou ao largo de Madagáscar juntamente com uma mala que continha toda a sua produção académica. Sobrou apenas um boato.
Quem ouviu falar dos factos em segunda mão, assegura que a descrição de sintomas desaparecida era ligeiramente diversa – e algo mais incipiente – do que a que Bloom viria a celebrizar.
A descrição dos sintomas que chegou até nós provém, portanto, da tradição oral. Reza assim:
“1ª fase: surgimento de uma vontade tipicamente freudiana de “matar o pai.” Nesta irrupção inicial da ansiedade, os sintomas secundários caracterizam-se por suores frios e nervoso miudinho, bem como por um sentimento persistente de frustração. Os sintomas podem desembocar em tendências suicidas, algumas vezes sublimadas em práticas de asfixia auto-erótica.
2ª fase: desenvolvimento de uma forma esquizofrénica de abstracção da realidade. Esta é a fase em que o paciente procura ignorar a ansiedade e começa a emergir o carácter patológico da mesma. Os efeitos secundários são o delirius tremens, as complicações ao nível do aparelho respiratório, e a cegueira temporária, todos sem razão aparente. O paciente pode ficar permanentemente remetido a esta fase.
3ª fase: aceitação da realidade com quadro depressivo. Nesta fase, os pacientes dividem-se em várias categorias. Numa delas ocorre o alívio de todo e qualquer efeito fisiológico, mas com manutenção de melancolia aguda e consequente baixa de rendimento; noutras dá-se o agravamento súbito dos sintomas psicológicos, com casos raros de catatonia e subsistência, mais frequente, de casos de autismo.”
À época conheciam-se poucas situações de cura efectiva.
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A ansiedade da influência bem pode ser a invenção de um crítico literário. Poderá até considerar-se uma mera construção do poder da interpretação. Porém, a interpretação também constrói realidade.
Neste sentido, e como diria Nelson Goodman, a reverência temerosa dedicada a Siza Vieira no âmbito da “arquitectura portoguesa” também é um modo de construir mundos.
A “arquitectura portoguesa” de que muito se fala neste volume, a “arquitectura portoguesa” que se gosta de ver como valor de exportação, foi construída a olhar para o vulcão.
E, depois, a ansiedade da influência que assim se gerou não teve apenas consequência sobre os autores – e, já agora, sobre os críticos – que nos últimos 30 anos foram delineando este particular panorama. Dá-se também o caso de, como a influenza, esta construção ansiosa se ter espalhado de forma patológica por todos os quadrantes da sociedade portuguesa: chegou às instituições, chegou aos media generalistas, chegou aos empreiteiros e chegou aos clientes.
Hoje, a “arquitectura portoguesa” já não é apenas um repertório formal, já não é apenas um “reduto de linguagem” que, à parecença de outros dialectos mediterrânicos, se fala também neste Sul da Europa. Como diria a Laurie Anderson, a “arquitectura portoguesa” é um virús. Uma contaminação à qual poucos oferecem resistência imunológica. Uma contaminação cujo último dos sintomas é a indelével asfixia, o lento embrutecimento de que falava Malcolm Lowry a propósito do cônsul inglês.
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Não é de admirar que tantos arquitectos portugueses das novas gerações queiram partir para longe do vulcão e da esfera da influenza da “arquitectura portoguesa.” E fazem-no tanto de modo mental, “viajando para fora cá dentro,” como de um modo resolutamente físico, empunhando a “mala de cartão” e preferindo –como outras gerações passadas, tolhidas pelo imobilismo económico, político e social– remeter-se ao exílio.
Só assim parecem conseguir escapar ao asfixiamento muito pouco erótico que começou a tolher uma produção arquitectónica pós-Siza inteiramente rendida à ansiedade da influência.
Entre uma mediania ajoelhada às referências de uma escolástica tardia (a arquitectura que, como se afirma neste volume, é ainda aquela que mais surge nas revistas, nos jornais e nas exposições), ou uma desolação rendida ao mundo lá-de-fora (a arquitectura que não chega sequer à “banalidade qualificada” de entender o tráfico da influência envolvido na autoria arquitectónica), a paisagem à volta do vulcão vai-se abastardando.
Só muitos anos depois, muito lentamente, alguns regressarão das suas viagens e das suas introspecções para voltar a construir nas paragens onde cresceram. Então, e só então, construir-se-á de novo magnificamente, à vista do vulcão, usando a bel-prazer da herança de Siza Vieira, bem como de todas as outras linguagens que, entretanto, se aprenderam por esse mundo fora.
Felizmente há outros mundos para além do reduto da “arquitectura portoguesa.”
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Álvaro Siza Vieira, como o vulcão na história de Lowry, não tem culpa. Usado e abusado como desculpa e motivo, não tem efectivamente culpa.
Pode não ter em natureza redistribuir a riqueza explosiva que detém –é um vulcão plácido, não precisa de entrar em erupção– mas, no fundo, não tem culpa. E a herança que deixa, as cinzas que vão pousando à sua volta, gerarão os seus frutos.
Porque o outro lado da história do vulcão é o património genético que este vomita cá para fora.
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Sob o efeito de Siza – ou sob o efeito distorcido da influência que este gerou – deu-se um desvio curioso no curso da história recente da arquitectura portuguesa. Sendo a cegueira psicossomática um dos sintomas possíveis da ansiedade da influência, a arquitectura de Siza Vieira foi cada vez mais submetida a uma análise parcial, redutora, da qual resultou uma perspectiva correspondente, só e apenas, ao que a “escola portoguesa” quis afirmar dela.
Sublinhou-se assim a síntese, a poética, a materialidade e a contenção minimal. E excluiu-se, do mesmo modo, a miscigenação, o delírio, a experimentação formal e a exuberância do gesto barroco.
Deste modo, ao longo de 30 anos, sob o efeito da influência de Siza, a arquitectura portuguesa foi sendo lentamente despida da sua tradição crioula, simultaneamente chã e apropriada ao caos, para passar a assemelhar-se ao produto enxuto e cinzento de um país protestante do Norte da Europa.
Não se sabe precisamente se esta tendência nasceu, a partir de Fernando Távora, como um gesto protectivo de uma aristocracia nortenha em vias de desaparição. A verdade é que, num curto período de tempo, conseguiu-se inverter uma lógica profunda da arquitectura portuguesa em nome dessa ficção supostamente exportável –e, por agora, em quase tudo entediante– que é a “arquitectura portoguesa.”
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Há não muito tempo confirmou-se que os portugueses são feitos de uma mistura genética ainda mais variada do que se supunha. E, porventura, este caldo genético oferece uma razão de ser à inteligência essencial da obra de Siza Vieira.
Mais que proceder à emulação ou rejeição dos recursos formais de Siza – movimentos mais típicos da ansiedade da influência – devíamos antes atentar na sua metodologia: um processo de trabalho sempre pronto a operar sínteses entre referências díspares.
Abraçar esta metodologia não significa, porém, ficar amarrado às suas referências de base. Significa, antes, usá-la como uma caixa de ferramentas cultural destinada a renovar a nossa capacidade de absorver e combinar novas referências. A linguagem arquitectónica em que isso se faz é indiferente. Tanto faz que fale português, chinês, espanhol ou holandês.
O que devemos perceber é que a biodiversidade do charco genético que se formou junto ao vulcão é essencial para o mundo que vem a seguir.
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Um dos comissários regionais desta edição do Habitar Portugal sugeriu em artigo recente na ArteCapital que, como diria José Gil, a arquitectura portuguesa parece ter “medo de existir.” Como afirmou Pedro Machado Costa, a arquitectura portuguesa “tem medo de se reinventar, de se ultrapassar, de olhar para o passado de forma descomprometida.”
Mais uma vez, deve tratar-se da ansiedade da influência.
Porém, com tais afirmações, o caminho também parece começar a abrir-se para que as coisas mudem. Na selecção de obras e textos que aqui se apresentam, não só se revelam obras de arquitectos portugueses que mostram o desejo “de se reinventar” e “de se ultrapassar”, como também se reúnem visões críticas que “olham para o passado de forma descomprometida.”
Assim, escolhem-se obras e abordam-se temas –as condições do mercado, do Norte e do Sul, do local e do internacional, da escola e da prática, do turístico e do banal, do estereotipo e da excepção– que querem deixar para trás a ansiedade da influência ou, pelo menos, a querem enquadrar segundo novas perspectivas e expectativas.
Espera-se, neste sentido, que as páginas que se seguem vos façam descobrir que, em termos dos paradigmas que marcam a arquitectura feita por arquitectos portugueses, já estamos a sair debaixo do vulcão e a mergulhar no reservatório genético do futuro. Depois de um fechamento histórico persistente –em continuidade com um longo regime fascista– os arquitectos portugueses estão hoje, de novo, abertos à influência do “exterior.”
E, como nunca, mostram-se capazes de absorver as referências mais díspares e de as reordenar sob a batuta de uma intuição estética e de uma identidade projectual coerentes. A possível leitura de uma nova “qualidade arquitectónica” já encontra representantes suficientes para permitir falar na superação de uma hegemonia da tendenza.
A diversidade já tem pernas para andar.
Pedro Gadanho, Lisboa, Agosto de 2009
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